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Impactos socioambientais

Organizações indígenas cobram escuta e regras ambientais na pavimentação da MT-322

17 de março de 2025 às 20:34h

Instituto Raoni e Atix alertam em nota para impactos da pavimentação da rodovia e cobram condução federal do licenciamento

Em nota conjunta divulgada na quarta-feira (29/01), o Instituto Raoni e a Associação Terra Indígena do Xingu (Atix) defenderam que o licenciamento ambiental da pavimentação da rodovia estadual MT-322 seja conduzido pelo Ibama e pela Funai, garantindo a escuta das comunidades indígenas e a realização de estudos de impactos socioambientais.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), por outro lado, declarou durante encontro com lideranças Kayapó, na semana passada, querer que o processo fique sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente do estado (SEMA/MT) para agilizar as obras.

No entanto, a estrada atravessa Terras Indígenas, como Capoto-Jarina e o Território Indígena do Xingu, o que exige a condução federal do processo de licenciamento. Também, a pavimentação da MT-322 pode favorecer a expansão do agronegócio e atrair atividades ilegais, como invasões e roubo de madeira.

O Instituto Raoni e a Atix destacam que não se opõem ao asfaltamento, mas exigem respeito aos direitos indígenas e às leis ambientais. “O governo estadual não solicitou autorização ao Ibama para manutenção da via, mas agora quer acelerar o asfaltamento sem considerar os impactos ambientais e sociais”, apontam no texto.

A nota foi divulgada após a repercussão de reunião no dia 20 de janeiro entre lideranças indígenas, incluindo o Cacique Raoni, com o governador de Mato Grosso. A publicação de fotos e declarações pelo governo estadual gerou mal-estar entre os indígenas.

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Fonte: ISA